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A respeito dumas "Sanjoaninas do Cais"

Claro que, isto de já ter vivido alguns anos, ficamos atreitos a contar algumas vivências passadas, bem passadas ou não, mas isso já é outra história…
Estando por estes dias em Coimbra, por razões particulares, surge-nos em ambiente aconchegante e em noite quase familiar, com animação apropriada a essa cidade-estudantil, quase que caídos do céu, um grupo de fados do Coro de antigos orfionistas ALMA DE COIMBRA, regressados há poucas semanas de Goa (a antiga Índia portuguesa), onde também se deslocou o Zé do Pico…
Compulsando o seu sítio - Alma de Coimbra - lá aparece o nosso ilustre intérprete do fado coimbrão o Eng. José Andrade Ferreira, do Pico – Açores, 1º tenor (lá é conhecido pelos colegas como o Zé do Pico, assim me confidenciou o Pedro Lopes - violão).
Há anos, por volta de 1983-84, era eu presidente e o Manuel Ilídio tesoureiro do Vitória Futebol Clube, o Óscar Gomes director e entusiasta da Filarmónica “Liberdade do Cais” (e ainda hoje o é) e o Jorge Caldeira, da direcção da Associação de Bombeiros, idealizámos, sem quaisquer verbas camarárias, a realização dumas Sanjoaninas, englobando a Festa de São João, da Filarmónica Liberdade, (missa, procissão e arraial) na igreja do Convento de S. Pedro de Alcântara; um jogo de futebol e recepção da respectiva equipa a cargo do Vitória, que foi nesse ano o Angústias Atlético Clube, então presidido pelo Mário Moniz; baile no Campo Coronel Linhares de Lima, a cargo da direcção dos Bombeiros; e duas noites de verbenas no Claustro do Convento, onde contámos com a colaboração do (agora) emigrado José Duarte e irmão Fortunato e, como era da praxe na altura, com o contributo do Engenheiro José Ferreira, então o único interprete do fado de Coimbra (residente na ilha).

     CANTORES DO FADO DE COIMBRA

Só alguns anos mais tarde, depois de ter surgido o interesse camarário em promover as Festas Concelhias – ainda que, na altura, só pelo Feriado Municipal 16 de Agosto – se conseguiu cá trazer o ícone e o verdadeiro embaixador da “Balada da Despedida”, o nosso caro e bom amigo Dr. Fernando Machado Soares, Juiz do Supremo e nobilíssimo cidadão honorário municipal. Entretanto o claustro conventual, a partir daí foi descoberto e viu, depois, a sua nobreza, ancestralidade e dignidade, como recinto de convívio vocacionado para a introspecção místico-cultural, em especial em noites estivais, ser verdadeiramente aproveitado durante alguns anos, como até para o teatro, em 1992, como recentemente lembrou o Dr. Manuel Tomás. A essas noites, a essas animadíssimas e relaxantes verbenas, esteve sempre associado, com entusiasmo e gratuitamente, a voz de coimbrão e também de baladeiro (canções de Zeca Afonso) do Engenheiro José Ferreira. Daqui lhe endereço uma amigável saudação de muito apreço, bem como ao Zé Duarte e irmão Fortunato.   
Retornando à lembrança dessas efémeras, reconheço, Sanjoaninas do Cais, e ainda a esses tempos de relançamento do Futebol do nosso concelho nas provas da Associação de Futebol da Horta - depois de experiência semelhante, mas falhada, quase levando ao colapso do futebol local, nos anos cinquenta - também aqui deixo uma nota de homenagem à disponibilidade e abnegação dos dirigentes que então me acompanharam no Vitória: O Sr. Jaiminho (vice-presidente) o Altino Carolo, o Carlos Simas, o Ilídio (carteiro), o Edalberto, o Manuel Ruaz, o Manuel Faria (Bajinha), o Bertino, além do já mencionado Manuel Ilídio, e os treinadores: Alfredo Ferreira, Fernando Amaral, Óscar, Aurélio e o José Mariano, de Santo Amaro. A ninguém se pagava e ao Zé Mariano ajudava-se na gasolina, pois ainda levava o seu carro com jogadores, para os jogos em volta da ilha, tal como nós (os dirigentes) naturalmente levávamos os nossos.
Isto foi há poucos anos (vinte).
E de então para cá?...
Quanto ao “claustro”, ora renovado com a recuperação do Convento para Pousada de Juventude, esperam-se realizações que o revitalizem em acções semelhantes…

 

  

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